Evandro Borges
29/03/2017 13h14
A situação atual de tentativa de saque no fundo previdenciário dos servidores públicos municipal, em curso pela Câmara Municipal, com o Projeto autorizativo para o saque na ordem de mais de duzentos milhões, demonstra a completa falta de planejamento, de procurar o mais fácil, e da ausência de uma proposta para uma política de administração e de pessoal.
O mais difícil de entender, que tal projeto foi negado até momentos antes do encaminhamento a Câmara Municipal, uma atitude deste porte, não ter um procedimento anterior, de diálogo com os principais interessados, os servidores públicos do Município e suas instituições de natureza sindical, mesmo com uma votação estupenda no último pleito eleitoral, o Prefeito Municipal não está autorizado a esquecer a possibilidade de conversação, de demonstrar números, de ouvir, de ser tolerante, garantir a governança.
A Câmara Municipal, com exceção da oposição, não pode ser apenas homologatória, votar uma urgência a matéria, sem conhecimento prévio, é a completa subalternidade e submissão, é se dobrar completamente, também, não é papel da situação, é desrespeito aos Vereadores(as), aos servidores, a cidadania, a sociedade e a opinião pública.
O Brasil precisa de muitas reformas, dentre elas, a de natureza administrativa, valorizando o servidor público, buscando a qualificação profissional, a diminuição dos cargos de confiança de livre nomeação e exoneração dos Mandatários Chefes, com critérios técnicos de habilitação, com pagamento de remuneração digna e com plano de carreira, motivando os servidores, e com uma previdência que dê segurança na terceira idade.
Nos novos mandatos, iniciados em janeiro de 2017. o Prefeito de Parnamirim fez um recadastramento geral dos servidores, com a finalidade clara, de saber quantos são, quais as habilidades, o ingresso, os possíveis desvios de funções, a remuneração, as jornadas, os custos para a Municipalidade e há uma expectativa quanto a tabulação dos dados e o mais importante, o que vai ser proposto diante de todo o diagnóstico colhido.
A sociedade e os agentes políticos sérios, comprometidos com interesse público querem uma máquina administrativa eficiente, devendo perseguir o postulado da eficiência já posto no caput do art. 37 da Constituição Federal, mas, também, o diálogo, a governança, e com uma relação entre poderes sem subalternidades e submissões, cumprindo o sua missão institucional, mesmo integrando uma bancada situacionista, enfrentando todos os desafios, dentre elas a reforma administrativa e a previdência social.
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