A notícia da semana era para ser a bizarra e patética invasão do plenário da Câmara Federal por "manifestantes" de Extrema-Direita que pediam Intervenção militar e "fim do Comunismo do Brasil".
Mas bizarrices como a "manifestante" que criticou a bandeira do Japão no Congresso como sendo comunista e as manchetes das prisões de dois ex-governadores do Rio, Sérgio Cabral e Garotinho, por corrupção e crime eleitoral desviaram o foco das atenções, claro.
Mas, voltando para os doidos que invadiram o plenário da Câmara, o fato é que, como está caindo a ficha para alguns, a Direita está perdendo o controle sobre o monstros que criou.
Basta ver que a pauta (na falta de nome melhor) dos políticos e movimentos de Direita é quase totalmente baseada na privação de direitos alheios. Meio como era na Idade Média, até a Revolução Industrial.
Dúvida sobre isso? Examine as "bandeiras" da Direita brasileira atualmente e as posições dela sobre temas diversos:
Casamento de pessoas do mesmo sexo? Claro que não, a Bíblia e Deus condenam.
Aborto? Nem pensar. É assassinato. E Deus condena.
Homem usando brinco? Não pode. É sem-vergonhice
Legalização da maconha? Ridículo. Coisa de maconheiro.
Feminismo? Coisa de mulher mal comida, feia. Feminazis!
Direitos humanos? Defender bandido, né? Bandido bom é bandido morto (Ah, a mesma Bíblia citada acima também diz "Não matarás", mas... ah, deixa para lá).
Em suma, não se trata de dizer que a Esquerda é formada pelos mocinhos e a Direita pelos bandidos, nada disso.
Mas que a pauta da Direita é quase toda calcada em privar pessoas de direitos x ou y, isso parece fato. Ou não lhe parece estranho políticos como Bolsonaro, Feliciano e similares passarem mais tempo tentando impedir que gays casem do que fazendo projetos que beneficiem seus eleitores.
E, pautas que excluam as pessoas e defendam segregação são, sim, um retorno ao passado.
Levando a sério o que esse pessoal defende, estado militarizado e opressor, exército ativo, mulheres no seu "papel de mulheres", Deus no comando etc etc temos um quadro que nos remete imediatamente à Idade Média. Que é onde vamos chegar nesse diapasão.
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