Evandro Borges

26/08/2016 10h05
A sociedade brasileira nas suas diversas manifestações se posicionou com acerto no equilíbrio entre as candidaturas, tanto nos aspectos financeiros e em relação ao poder político, e vem fazendo transformações para melhor, com o fim de acabar a dependência e subalternidade, dando condições de expressar a cidadania, as propostas e os direitos civilistas.
 
O equilíbrio financeiro, após longas discussões foi introduzido o financiamento público, as contribuições de pessoas físicas com limites, baseado na declaração do imposto de renda, e acabando as contribuições de pessoas jurídicas, que eram na maioria de empresas, que contribuíam, mais tinha outros interesses nos recursos da administração pública, principalmente, em obras.
 
Há também, uma série de dispositivos legais, vedando a captação ilícita de votos, impedindo a instrumentalização das dificuldades da população, que tratava da distribuição de brindes, pagamentos e serviços, tais como: bonés, camisetas, chaveiros, adesivos, remédios, tijolos e cimento, carradas d’água em caminhões pipas,  serviços médicos, odontológicos, jurídicos, e quitação de contas de energia, água, e compra de botijões de gás, uma verdadeira afronta, era a compra de mandatos eletivos. 
 
No aspecto no equilíbrio de ordem política, as providências foram muitas, desde a proibição de participação de inauguração de obras, nomeações para cargos públicos no período da campanha, desincompatibilizações com prazos expressos, aumento das despesas em programas, ações e propaganda, utilização de equipamentos, e participação ostensiva de servidores nos atos de campanha.
 
Todo este quadro eleitoral, com o fim de equilibrar a disputa entre as candidaturas, influi na forma de fazer campanha, muitos candidatos estão preocupados com gastos e com a fiscalização denominada batida, no entrelaçamento de dados, principalmente da receita, da comprovação da movimentação bancária com as atividades eleitorais, como se não estivessem preparados para as mudanças.
 
A nova forma de fazer campanha será na apresentação e história das candidaturas, nas propostas a serem defendidas, na demonstração da capacidade de execução, no comprometimento das candidaturas com as propostas, na representatividade e no envolvimento de cada um tem na sociedade, na demonstração da filiação partidária e na coligação que foi realizada.
 
Agora o tempo é de mudança, de novas ideias e outras tecnologias, com um eleitorado em regra ainda não habituado a esta nova cultura, arraigado ao velho tipo de campanha, de colocar o interesse individual e coorporativo, as suas necessidades prementes, acima do interesse público, ensejando aos candidatos  se preocuparem com cidadania, com inclusão, com desenvolvimento com sustentabilidade, em face das transformações  da forma de fazer campanha.
  
 

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