Cefas Carvalho

23/07/2015 14h31
Se eu avaliasse o mundo à minha volta pelos posts dos amigos do Facebook, minha conclusão seria que o Brasil está um caos, em crise generalizada, mas o Rio Grande do Norte e os municípios especificamente estão ótimos, obrigado.
 
Afinal de contas, não faltam críticas ao Governo Dilma. Não vou entrar no mérito da questão, algumas delas são plenamente justificadas. Também não estou dizendo que vivemos no país das maravilhas, nada disso.
 
Minha observação é que os críticos implacáveis de Dilma, e por extensão dos “ladrões do Congresso”, são bem suaves quando se trata de lançar tanto ódio com o Governo do Rio Grande do Norte, prefeitos que administram os municípios e vereadores destes mesmos municípios.
 
Um amigo natalense diariamente critica Dilma e Lula. Recentemente, colocou na conta deles o caos no trânsito de Natal. Trânsito este que é municipal, como sabemos. Mas jamais observei o cidadão falar uma linha contra Carlos Eduardo Alves, prefeito da capital, muito menos contra os ilustres vereadores que fazem e aprovam as leis natalense.
 
Outra amiga, de Mossoró, passa o dia a postar sobre o caos brasileiro e como estamos nos encaminhando para uma ditadura comunista. Como ela nada posta sobre a bela terra de Santa Luzia, calculo que lá esteja um paraíso e que prefeito e vereadores são exemplares. Parabéns a eles todos e felicito minha amiga em morar em uma cidade tão bem administrada.
 
Idem em relação a Parnamirim, Macaíba, São José de Mipibu. Idem também aos amigos que hoje moram em outros estados. Um amigo de infância  mora em Palmares, na Grande Recife, e dedica sua inteligência e tempo a espinafrar Dilma. Não posta nada sobre Palmares, de maneira que sequer sei o nome do prefeito da cidade. Calculo que a cidade seja uma maravilha. Pensando em me mudar para lá.
 
Não pretendo ser leviano e arrogante, superanalisando as opiniões dos amigos. Mas, acho estranho somente o fato global merecer crítica e ódio. Talvez seja cultural isso se não falar mal de quem está tão próximo à gente. Talvez medo. Não sei. Só sei que reclamar da política financeira de Joaquim Levy parece mais fácil que reclamar do vereador que mora na rua ao lado e não vai á sessão da Câmara há semanas.
 

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